sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Caminhos


Eles chegam com seus pequenos cobertores, conduzidos por pessoas que os acolheram e que têm em seus corações a esperança de terem feito o certo, escolhendo a família que os respeitará, amará e cuidará deles até o fim de suas vidas... Uma vida que, esperam, seja digna e repleta de aprendizados, que eles levarão para a eternidade...



























Ou das ruas, resgatados em péssimo estado. Doentes, atropelados, deprimidos, assustados... De sua história, nada sabemos, mas isso não é mais importante do que o seu momento presente e da necessidade do seu resgate. Podemos supor as privações pelas quais passaram e os mal tratos que sofreram por pessoas sem consciência. Mas sabemos que amor e paciência curam muitas feridas, em seus corpos e suas almas.
Ou ainda jogados por cima dos muros, sem nenhum contato prévio, nas madrugadas... O que faz com que uma pessoa faça isso? Queremos acreditar que são movidas por bons sentimentos e que querem um bom lar para eles. Seria melhor que agissem abertamente, mas seres humanos também são seres em evolução e não podemos nos esquecer disso...

Ou velhinhos cegos e surdos, sem que saibamos como foram parar nas ruas, pois quase não andam mais... Descartados? Fugitivos? Depois da indignação, a certeza de que, se eles vieram parar aqui, algum propósito existe. Mesmo que não saibamos. Mas não sabemos tudo e precisamos aprender a confiar e ter fé nos desígnios de Deus...












E são recolhidos com muito amor...
Depois do susto e da preocupação inicial, vamos com calma apresentando o novo membro à família. Um exame rápido, à procura de pulgas e carrapatos. Um prato de ração, um pote de água. Depois a visita na veterinária, as vacinas, a castração... E a procura de novos tutores, pois a Arca está lotada e tem um limite para o próprio bem estar dos habitantes...

Os filhotes, mais bonitos e fofinhos, conseguimos doar com facilidade, depois de castrados e vacinados. E lá se vão, com seus cobertores e nossa esperança de uma vida melhor para eles... E deixam muitas saudades, daquelas que marejam nossos olhos na lembrança de suas traquinagens...

Os adultos vão ficando e são acomodados da melhor maneira possível. No geral, se dão bem e as brigas não são frequentes. Pequenas rusgas são controladas imediatamente, para que não tomem proporções maiores e catastróficas.

Essim a Arca caminha... Um oásis de vida nesse mundo nem sempre são...

(Esse é um tributo aos que por aqui passaram e se foram, para outras casas ou outras vidas, mas que permanecem para sempre em nossos corações. Saudades da Vida, Lili, Jóia, Nícholas, Maya, Baby, Lady, Jade, Mel, Pitizinha...).

Um comentário:

  1. Me enternece o amor e o desprendimento da Vivi...como ela trata cada um dos nossos meninos... a paciência...as alegrias pelas brincadeiras deles....tudo isso faz valer a pena tê-los ou tê-los tido...

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